Nos últimos anos, o Brasil tem testemunhado uma revolução no setor financeiro. A tecnologia e seu avanço tem contribuído para com essa transformação. Para termos uma noção, segundo dados da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, das 163,3 bilhões de transações bancárias realizadas em nosso país em 2022, 77% foram operadas via canais digitais. Mobile Banking, Internet Banking são exemplos.
É um número bastante expressivo, que só reforça a digitalização do setor, que criou ainda mais força na pandemia.
Devido a esse novo cenário, alguns países buscaram jeitos de se adaptarem. Como, por exemplo, Bahamas que em outubro de 2020 foi o primeiro país a criar uma moeda virtual – o Dólar de Areia -. Além deles temos: Japão, EUA e China.
O Brasil não ficou para trás nessa digitalização financeira, pois o Banco Central anunciou a mais nova moeda brasileira, porém agora digital: o DREX.
O DREX está em sua fase de testes em parceria com instituições financeiras e bancos, e sua estimativa para está disponível para a população brasileira é até o fim de 2024.
Neste artigo, exploraremos o que é o DREX, a sua funcionalidade e o impacto do mesmo diante a economia brasileira.
O que é o DREX?
É o representante do nosso dinheiro tradicional no meio digital, cujo intuito é modernizar o sistema financeiro brasileiro, a fim de tornar as transações mais eficientes, seguras e acessíveis.
Qual o significado da sigla “DREX”?
A escolha do nome não foi à toa. Cada letra corresponde a uma característica da nova ferramenta:
- D: representa o digital;
- R: representa o Real;
- E: representa o eletrônico;
- X: representa a modernidade e conexão.
Como o DREX funcionará?
Conforme o site oficial do Banco Central, o Drex “vai permitir que vários tipos de transações financeiras seguras com ativos digitais e contratos inteligentes estejam à sua disposição. Esses serviços financeiros inteligentes serão liquidados pelos bancos dentro da Plataforma Drex do Banco Central (BC), que é um ambiente em desenvolvimento utilizando a tecnologia de registro distribuído (em inglês Distributed Ledger Technology – DLT).” – site oficial Banco Central.
O acesso à Plataforma Drex, será feito a partir de um intermediário financeiro autorizado, como um banco. “Esse intermediário fará a transferência do seu dinheiro depositado em conta para sua carteira digital do Drex, para que você possa realizar transações com ativos digitais com total segurança.” – site oficial Banco Central.
Vantagens do DREX:
Segurança
A tecnologia pela qual o DREX está sendo desenvolvido é a DLT – Distributed Ledger Tecnology -, traduzindo “Tecnologia de Registro Distribuído”. Esse tipo de tecnologia é uma blockchain e garante um alto nível de segurança, sendo considerada resistente a hackers.
Eficiência
Assim como o PIX, o DREX opera de forma rápida e eficiente. Podendo ter transações feitas a qualquer hora, em qualquer lugar, além disso, sem precisar da necessidade de conversão para moeda local.
Transparência
O registro público das transações garante a transparência e a confiabilidade do sistema.
Inclusão
A criação do DREX promove a ampliação da acessibilidade financeira, isto é, pessoas que não tinham acesso aos serviços bancários tradicionais, através do DREX, terão essa oportunidade.
Impacto do DREX na economia brasileira:
A implementação do DREX tem o potencial de transformar a economia brasileira de várias formas. Sendo elas:
- Redução de Custos: A eliminação de intermediários e a rapidez das transações podem reduzir os custos de negociação e transferência de dinheiro.
- Estímulo à Inovação: O desenvolvimento de tecnologias relacionadas ao DREX pode impulsionar a inovação no setor de tecnologia financeira no Brasil.
A moeda digital DREX é um grande passo para o futuro das finanças no Brasil. Com a tecnologia blockchain como base, que garante toda a segurança, em conjunto com a acessibilidade e eficiência, a torna uma opção com um potencial de revolucionar o sistema financeiro do nosso país.